Nas terras sagradas do Vale do Loire, um monumento com mais de mil anos desperta a curiosidade dos viajantes e faz vibrar o coração dos apaixonados por arte. O antigo dormitório dos monges da Abadia Real de Fontevraud, que passou do silêncio contemplativo à efervescência criativa, se impõe hoje como um dos principais polos de criações artísticas audaciosas na França. Este local, onde se encontram a grandeza medieval e a inventividade moderna, abriga atualmente um museu de arte contemporânea e oferece experiências inusitadas que encantam tanto amadores quanto iniciados. O visitante não encontra apenas um simples patrimônio, mas um verdadeiro refúgio dos artistas, lar de uma fusão das artes e de uma reinvenção permanente. Entre história fascinante, eventos artísticos de grande escala e ofertas hoteleiras excepcionais, Fontevraud prova que o legado pode se tornar um trampolim para a novidade mais vibrante. Engajar-se nesta aventura é penetrar em um mundo onde a inspiração monástica nutre continuamente o patrimônio vivo.
O legado de Fontevraud, do silêncio monástico à vitalidade artística
Tudo começa na virada do século XII. Robert d’Arbrissel, figura mística e provocativa de seu tempo, funda nessas terras uma abadia que vai revolucionar todos os códigos estabelecidos da vida religiosa. A abadia abriga uma comunidade inédita, mista e sob a governança de uma mulher, estabelecendo as bases de um legado criativo ao contrário da rigidez da época. Essa audácia já se reflete na arquitetura visionária do local, onde cada pedra trai o desejo de harmonia a serviço do espiritual e do humano.
Esse espírito inovador não cessará de deixar sua marca: a abadia atrai fiéis, mecenas, mas também artistas e intelectuais, desejosos de se inspirar na beleza do lugar e em sua capacidade de abraçar a mudança. Longe de se enclausurar no passado, Fontevraud se abre assim desde seu nascimento para todas as formas de sonho e experimentação. O equilíbrio entre ascetismo e criatividade, que encontramos hoje nas salas de exposição, faz deste local um dos mais fascinantes dormitórios de monges da Europa.
- Robert d’Arbrissel inventa uma comunidade mista, liderada por mulheres: um marco na história monástica.
- A abadia se expande rapidamente, reunindo nobreza e povo em torno da busca espiritual e intelectual.
- Grandes criadores, arquitetos e artesãos são atraídos pela vocação inovadora do lugar.
- O conceito de “patrimônio vivo” se enraíza já na Idade Média graças a essa abertura mental.
O ciclo das épocas irá transformar a abadia, mas seu DNA permanece. A cada mutação – necrópole real, prisão, centro cultural – o gênio do lugar se expressa e prepara o terreno para sua encarnação atual: um verdadeiro oficina de sonhos onde ressoa o melhor da arte francesa e europeia.
Período | Transformação maior | Impacto na criatividade |
---|---|---|
1101-1700 | Mosteiro misto, depois necrópole real | Entrada de artistas e mecenas, crescimento da arte religiosa |
1792-1963 | Prisão nacional | Destruição parcial, mas proteção do edifício |
1963 até hoje | Restauração, Centro cultural e depois museu | Explosão da criação contemporânea, oficinas e exposições |
Dessa alquimia milenar nasce hoje um importante local de criações artísticas audaciosas. O passado se torna a base para as inovações do presente, ilustrando perfeitamente a mutação constante do patrimônio francês.
As influências que fazem a força da abadia
O segredo da riqueza de Fontevraud reside em sua capacidade de captar e transmitir os principais movimentos culturais: da espiritualidade medieval à vanguarda contemporânea. Seu brilho ao longo dos séculos a torna um ponto de passagem obrigatório para quem se interessa pela fusão das artes e pelos diálogos entre as épocas.
Encontramos lá:
- Um legado Plantageneta, simbolizado pelos gisant d’Aliénor d’Aquitaine e Henrique II, que trouxeram a abadia para a lenda real.
- Vestígios da vida carcerária, inseridos na cenografia e na memória dos lugares, transformando o passado sombrio em um chamado à liberdade criativa.
- Um profusão de exposições que fazem do Dormitório dos Monges o testemunho privilegiado da inspiração monástica repensada para o século XXI.
A seção seguinte revelará como esse legado, sustentado por suas paredes, se concretiza hoje através das obras mais marcantes do museu e da energia dos artistas convidados, dando vida à escola da luz que ilumina o local.
O Dormitório dos Monges: renascimento arquitetônico e abrigo da arte audaciosa
Símbolo da audácia de Fontevraud, o Dormitório dos Monges passou por mil metamorfoses. Ontem refúgio para o descanso e a oração, hoje é um santuário onde se encontram a rigidez monástica e a extravagância das criações artísticas de vanguarda. A recente renovação, realizada respeitando a história enquanto a abre à modernidade, cria um contraste impressionante entre as abóbadas ancestrais e a efervescência das obras expostas.
Os visitantes penetram em um mundo onde tudo convida ao deslumbramento. Os jogos de sombras e luz, orquestrados por um engenhoso arranjo das aberturas, realçam a textura da pedra e a delicadeza das instalações contemporâneas. Ao percorrer o Dormitório dos Monges, cada um se torna testemunha privilegiada da fusão das artes, entre inspirações medievais e ousadias de hoje.
- Obras efêmeras dialogando com a arquitetura secular.
- Exposições que renovam constantemente o olhar sobre o antigo e o moderno.
- Instalação de dispositivos digitais para experiências imersivas inéditas.
- Espaços dedicados a performances e oficinas coletivas, verdadeiro refúgio dos artistas.
Elementos arquitetônicos | Uso monástico original | Uso atual |
---|---|---|
Abóbadas em ogiva | Descanso e recolhimento | Telas contemporâneas suspensas, jogos de luz |
Pavimentos antigos | Dormitórios coletivos | Galerias de esculturas e arte moderna |
Janelas em frestas | Proteção e discrição | Vinculações para vídeos e projeções |
Paredes divisórias | Isolamento dos monges | Espaços abertos à circulação artística |
O sucesso do projeto arquitetônico repousa em uma abordagem ao mesmo tempo respeitosa e decididamente voltada para o futuro. Cada parte do antigo dormitório se torna suporte ou fonte de inspiração monástica para os criadores, que revisitão com liberdade os temas do silêncio, da luz e do tempo.
Uma oficina de sonhos aberta a todos
O Dormitório dos Monges agora atrai os artistas mais inovadores para residências criativas. A diversidade de materiais, a possibilidade de ocupar volumes únicos e a conexão com um patrimônio bimilenar fazem dele um “laboratório“, onde cada obra se torna um manifesto.
- Esculturas monumentais inspiradas pelo recolhimento monástico.
- Fotografias jogando com a memória das paredes.
- Instalações sonoras evocando o canto das ofícios.
- Digitalização do passado, oferecendo visitas virtuais através da realidade aumentada.
Essa alquimia de técnicas tradicionais e novas tecnologias transforma o local em motor da arte audaciosa na França.
Da oração ao patrimônio vivo: a inspiração monástica no coração da criação contemporânea
Uma visita ao Dormitório dos Monges revela que o espírito dos construtores originais está longe de ter desaparecido: ele reencarna na energia dos artistas que investem cada canto do local. A inspiração monástica irriga a cenografia: silêncios meditativos, ritmos regulares, gradações da luz e reinterpretação do rito, tão presentes na vida conventual, se inserem nos gestos de criação. As obras raramente se opõem à estrutura antiga, preferindo abraçá-la ou interrogá-la.
Essa alquimia se traduz em experiências inéditas para o público: mover-se de uma cela a outra, atravessar corredores iluminados por instalações cromáticas, ver surgir um móbile aéreo na penumbra – tudo evoca sutileza a noção de passagem, de busca e de contemplação própria do universo monástico.
- Os artistas acústicos despertam os ecos do passado com percursos sonoros inspirados nos salmos e cantos cistercienses.
- Os artistas visuais jogam com a verticalidade das abóbadas e a repetição dos vãos para questionar a noção de ritual.
- Exposições temáticas conectam o passado sagrado com o presente laico, entre meditação e expressão livre.
- Alguns projetos incluem performances onde o artista, em sua “cela”, mergulha em uma retirada criativa acessível ao público.
Tema monástico | Tradução contemporânea | Exemplo de obra |
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Silêncio | Instalações sonoras utilizando a reverberação das pedras | “Brumas” de Sonia Levy, percurso auditivo imersivo |
Luz | Esculturas luminosas dialogando com a arquitetura gótica | “Luz Sagrada” por Arnaud Lapierre |
Ritual | Performances in situ, inspiradas nas regras monásticas | “Oração coletiva”, happening participativo |
A experiência proposta aos visitantes vai além da simples admiração: ela convida a sentir, a mergulhar, a se tornar, por sua vez, um peregrino da arte. Neste percurso, Fontevraud se inscreve plenamente no movimento de patrimônio vivo, oferecendo uma ponte constante entre o sagrado de ontem e a modernidade criativa de hoje.
A renascença da luz: Fontevraud, escola da luz na arte contemporânea
Há vários anos, a Abadia reivindica sua pertencença à escola da luz. Este legado particular atrai todos aqueles que veem na clareza, natural ou artificial, a chave para uma criação autêntica. Os jogos de luz ao longo das horas, orquestrados pela disposição perfeita dos vitrais do dormitório, inspiraram uma geração de artistas – fotógrafos, videomakers, pintores.
Essa paixão pela luz dá origem a obras de uma intensidade rara, brincando com o sagrado e o profano, com o visível e o invisível. Fontevraud atrai assim plásticos internacionais, desejosos de experimentar, e propõe ao público francês as descobertas mais recentes em matéria de design de luz.
Uma nova vida para a arte audaciosa: coleções permanentes e exposições temporárias
Tornando-se um museu de arte moderna, o Dormitório dos Monges se destaca pela riqueza de sua coleção e pela variedade de suas exposições temporárias. Encontramos lá mestres da modernidade, mas também artistas emergentes que quebram os códigos. O princípio-chave: a audácia. Aqui, não há concessões à facilidade, cada exposição visa questionar, provocar ou maravilhar.
- Coleções permanentes: obras-primas de arte sacra e obras vanguardistas dialogam.
- Ciclos de exposições temporárias concebidos para explorar as grandes temáticas contemporâneas.
- Programação anual dedicada à experimentação artística de todos os suportes.
- Catálogo vivo de obras efêmeras, às vezes visíveis por apenas algumas semanas.
A política de aquisição e exibição valoriza a criação audaciosa: instalações monumentais, obras digitais, performances imersivas se convidam sob as antigas abóbadas.
Tipo de exposição | Exemplo de artista | Tipo de obra | Participação do público |
---|---|---|---|
Exposição permanente | Joan Mitchell | Telas monumentais | Caminhadas comentadas, oficinas |
Residência efêmera | Tania Mouraud | Instalação sonora | Imersão acompanhada |
Projeto coletivo | Artistas locais | Performance, mural | Oficinas interativas |
Cada percurso de visita é acompanhado por dispositivos interativos que permitem entender as intenções do artista e explorar os segredos da fabricação de uma obra.
Eventos especiais: o museu como cena de vanguarda
Além de suas exposições, Fontevraud organiza numerosos eventos dedicados à performance e à criação viva, fazendo do “Dormitório dos Monges” uma verdadeira cena de vanguarda. A programação inclui festivais, concertos, conferências e oficinas onde o público se torna parte integrante. É uma oportunidade única de descobrir uma obra ao vivo, dialogar com o artista e sair enriquecido por uma experiência que transforma o olhar.
- Festival de artes vivas: performances coletivas inspiradas no patrimônio sagrado.
- Noite branca em Fontevraud: instalações luminosas e sonoras do pôr do sol ao amanhecer.
- Encontros sobre artes digitais, hibridando o antigo e o novo.
Esse vínculo perpétuo entre tradição e modernidade, contemplação e expressão, ancla o dormitório na lista dos “imperdíveis” para descobrir a cena artística atual na França.
O Dormitório dos Monges: laboratório de uma escola da luz visionária
Fontevraud se impõe, ano após ano, como uma escola da luz por excelência. Por sua arquitetura excepcional e a renovação cuidadosa de seus espaços, o Dormitório dos Monges oferece uma paleta luminosa inédita: luz zenital que passa pelos gatinhos, reflexos dourados na pedra clara, jogos de sombras levados pelas instalações contemporâneas. Esses atributos tornam o local um terreno de experimentação privilegiado para artistas de todo o mundo.
- Oficinas dedicadas à fotografia experimental baseada na luz natural filtrada pelos vitrais.
- Estágios de design de luz em parceria com grandes escolas europeias de artes visuais.
- Exposições interativas onde cada visitante pode se tornar um “escultor de luz”.
O diálogo entre artistas e arquitetos faz emergir uma nova identidade: Fontevraud não é mais apenas um monumento conservado, mas um ator importante da pesquisa sobre a luz na arte.
Espaço | Característica luminosa | Tipo de experimentação |
---|---|---|
Abóbadas principais | Luz difusa, reflexos de pedra | Fotografia, pintura em grande formato |
Celulares laterais | Contraste sombra-luz | Instalações de vídeo, mapeamento |
Pátio interno | Soleil direto e superfícies refletivas | Land art, esculturas móveis |
Esse laboratório a céu aberto atrai pesquisadores, estudantes, colecionadores, confirmando a vocação do Dormitório dos Monges: transmitir, inspirar e iluminar cada época.
Luz e espiritualidade, um fio invisível
A fascinação pela luz encontra em Fontevraud um eco espiritual único. A história do local, tecido de lendas e buscas místicas, convida cada obra a se relacionar com a ideia de transcendência. O espectador é envolvido em um jogo de aparições e desaparecimentos, passando do visível ao invisível em uma viagem sensorial sem igual.
- Percursos noturnos à luz das lanternas carregadas pelos visitantes – imersão total no espaço e no tempo.
- Obras cinéticas utilizando sombras móveis e o claro-escuro para introduzir a ideia de passagem ou revelação.
Assim, o público se despede transformado, rico de um aprendizado tão técnico quanto introspectivo.
Fontevraud, refúgio dos artistas: residências e ateliês de exceção
O Dormitório dos Monges não é apenas uma sala de exposição: é também, e sobretudo, um espaço de vida e criação onde os artistas se instalam. O programa de residências desenvolvido nos últimos anos transforma o local em um “refúgio dos artistas”, propício ao trabalho em imersão e à fundação de projetos colaborativos.
- Acolhimento de plásticos, músicos, escritores para estadias de pesquisa e produção.
- Disponibilização de ateliês, estúdios sonoros e espaços de montagem de exposições.
- Encontros regulares com o público, durante conferências ou visitas-oficina.
- Projetos de restauração artística do patrimônio, renovando o diálogo entre passado e presente.
Uma das características do local: o respeito rigoroso à tranquilidade necessária à criação, herdada do silêncio monástico de outrora, aliado à estimulação constante da confrontação artística.
Tipo de residência | Duração | Disciplinas representadas | Implicação pública |
---|---|---|---|
Residência curta | 1 a 2 semanas | Pintura, escultura | Ateliês abertos, demonstrações |
Longa duração | Até 6 meses | Artes digitais, música, literatura | Criação participativa, exposições finais |
Colaborativa | Variável | Hibridação das artes | Eventos públicos, restituição coletiva |
Esse dispositivo atrai a cada ano talentos do mundo todo e contribui a renovar sem cessar a vitalidade do dormitório e do local.
A exemplaridade de Fontevraud no panorama cultural francês
Graças à sua política de acolhimento e à qualidade de suas instalações – raridade de ateliês em residência abertos ao público, equipamentos tecnológicos avançados – Fontevraud se impõe como modelo. Muitos outros lugares, na França como no exterior, se inspiram em seus “estúdios abertos” e em seus formatos híbridos de troca. O status de refúgio dos artistas, outrora reservado a alguns poucos privilegiados, torna-se acessível e sinônimo de compartilhamento.
- Abertura dos canteiros de criação à mediação escolar e universitária.
- Desenvolvimento de programas de mentoria cruzando gerações e disciplinas.
- Organização de concursos internacionais para renovar a cena artística.
Essa vitalidade infunde todo o Vale do Loire e se exporta, tornando os antigos dormitórios um polo imprescindível da criação globalizada.
Quando a arte se convida à mesa: banquetes e gastronomia em um cenário patrimonial
Se Fontevraud atrai por suas exposições, ela seduz também por sua arte de viver. O antigo refeitório, assim como o Dormitório dos Monges, acolhe hoje banquetes, jantares artísticos e experiências gastronômicas de outro tempo. O restaurante estrelado instalado na ala Saint-Lazare concebe seus menus como obras inspiradas nas archives culinárias medievais, revisitadas com inventividade por grandes chefs.
- Banquetes cuja cenografia retoma os códigos dos festins monásticos: mesas baixas, louça da época, receitas esquecidas.
- Jantares temáticos que fundem a arte da mesa e a performance, misturando plásticos, músicos e cozinheiros.
- Cartas focadas nos produtos do Vale do Loire: legumes de abadia, vinhos de Saumur, queijos curados.
Viver uma noite assim no coração do monumento é prolongar a experiência artística até o prato, com uma emoção gustativa que se junta à contemplação visual.
Evento | Particularidade artística | Proposta gastronômica |
---|---|---|
Banquete monástico | Decorações inspiradas em manuscritos antigos, música ambiente | Cozinha medieval revisitada, vinhos locais |
Jantar-performance | Performance viva ao longo da refeição | Menu surpresa, criações culinárias efêmeras |
Ateliês de cozinha | Iniciação à arte de dispor a mesa, técnicas pictóricas no prato | Produtos locais, receitas do refeitório |
A excelência da mesa faz agora parte integrante do verão cultural da Abadia, reforçando a atratividade de uma estadia onde todos os sentidos são convocados.
Experiências imersivas para os viajantes-artistas
Fontevraud propõe regularmente “viagens sensoriais”: noites privatizadas com jantares em visita noturna, oficinas de escrita gastronômica, performances de degustação. Essas são tantas experiências que colocam a arte no coração de cada momento passado no recinto abacial e fazem deste lugar um must-see para quem sonha em unir inspiração monástica e prazeres dos sentidos.
- Percursos interativos misturando história culinária e improvisação artística.
- Sessões de desenho ao ar livre, diante da luz dos vitrais do Dormitório dos Monges.
- Ateliês de criação floral e escuta atenta das elevações sonoras dos artistas em residência.
É por isso que, no âmbito da viagem cultural, Fontevraud merece ser mencionada entre as referências europeias.
O hotel da abadia: dormir na oficina de sonhos
Para prolongar essa imersão na história e na arte, Fontevraud conta com um hotel 4 estrelas instalado nas paredes do priorado Saint-Lazare. Entre design contemporâneo chique e elementos neogóticos, a estadia se dá em plena proximidade com os jardins fechados, o claustro silencioso e – privilégio supremo – as galerias de arte. Passar a noite na antiga oficina de sonhos dos monges é se oferecer uma alma a mais, onde cada despertar se torna uma experiência à parte.
- Quartos com volumes originais, decorados com obras e reproduções do museu.
- Acesso privilegiado a algumas partes da abadia ou às exposições temporárias pela manhã.
- Protocolos de acolhida fundamentados no silêncio e na natureza, herança direta dos usos monásticos.
- Café da manhã com o tema “patrimônio vivo”: produtos orgânicos, receitas inspiradas nas cozinhas medievais.
Uma hospitalidade assim é destinada tanto a turistas quanto a apaixonados por criação, grupos escolares em viagem de estudo, ou mesmo empresas em seminários de coesão.
Tipo de quarto | Decoração temática | Serviços especiais |
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Claustro | Vitrais, mobiliário monástico modernizado | Vista para o jardim, biblioteca privada |
Refeitório | Obras de arte mural, luminárias de artista | Acesso noturno ao museu |
Oficina | Reproduções de ferramentas de criação, cadernos de esboços disponíveis | Mesa de artista no quarto, material de artes plásticas |
Essa oferta hoteleira coloca Fontevraud na vanguarda das destinos culturais inovadoras para 2025, conjugando conforto, surpresa e imersão cenográfica.
A estadia artística, um must para viajantes curiosos
Numerosos visitantes aproveitam uma estadia no hotel para reservar um curso de gravura ou fotografia, um retiro de escrita, ou ainda se permitir um momento de meditação guiada por um artista convidado. Esse formato, cada vez mais procurado no mundo do turismo de alta qualidade, faz de Fontevraud um exemplo de fusão entre descanso, cultura e criatividade.
- Formas de “grande imersão” combinando pernoite, refeição temática e masterclass artística.
- Eventos privados reservados para os hóspedes: visitas noturnas, concertos a portas fechadas, sessões de fotos nos jardins ao amanhecer.
O viajante não faz mais que visitar: ele habita, por um instante, o sonho de um lugar habitado pela inspiração.
Fontevrau, porta de entrada para o Vale do Loire artístico
Descobrir o Dormitório dos Monges se prolonga naturalmente pela exploração das obras-primas do Vale do Loire. A poucos quilômetros, cidades artísticas como Saumur, Chinon ou ainda o centro museológico de Dijon oferecem percursos igualmente inspiradores, entre castelos renascentistas, museus inovadores e festivais.
- O Vale do Loire: classificado como patrimônio mundial pela UNESCO
- Castelos emblemáticos: Azay-le-Rideau, Chambord, Chenonceau
- Etapas “arte & vinho” nas propriedades de Saumur-Champigny e Chinon, visitas à degustação com respeito à tradição
- Vilarejos trogloditas onde se perpetua a produção artesanal local (cerâmica, escultura em calcário)
A experiência artística de Fontevraud se insere assim em uma rede regional excepcional, onde cada parada revela um aspecto do legado criativo francês e europeu.
Local | Sujeito artístico | Especificidade |
---|---|---|
Abadia Real de Fontevraud | Museu de arte contemporânea | Patrimônio vivo, programas imersivos |
Saumur | Cavalo e artes equestres | Galerias de arte, museus do cavalo |
Azay-le-Rideau | Arte da Renascença | Castelo, exposições temporárias |
Dijon | Arte da Idade Média até os dias atuais | Museu de Belas Artes, frescos contemporâneos |
Esse denso e variado entrelaçamento permite organizar uma estadia sob medida, combinando patrimônio, arte viva e prazeres gastronômicos.
Os imperdíveis do Vale do Loire para amantes da arte
- O festival “Noite dos Castelos”: encontros artísticos e espetáculos de som e luz a cada outono.
- O circuito das galerias de arte contemporânea de Tours a Nantes.
- Feiras de artesãos, perfeitas para descobrir esculturas e pinturas originais para levar de viagem.
A descoberta do Dormitório dos Monges oferece assim o ponto de partida ideal para uma odisseia criativa no coração da França.
Fontevraud no século XXI: laboratório do patrimônio vivo e das novas tendências artísticas
Classificada como patrimônio mundial pela UNESCO, a Abadia reinventa o conceito de “patrimônio vivo”. Por seu espírito de vanguarda, seu apetite pela modernidade e o espaço que concede às novas gerações, o Dormitório dos Monges se impõe como um incubador de tendências artísticas nacionais e internacionais.
- Organização das Jornadas do Patrimônio com abertura excepcional de salas desconhecidas.
- Residências cruzadas com outros polos artísticos europeus.
- Festival “Ópera ao ar livre” nos jardins, unindo música e instalações plásticas.
- Desenvolvimento de um centro de recursos digitais, para uma mediação interativa e colaborativa.
O entrelaçamento do passado e da inovação descreve um novo modelo de gestão cultural, onde cada geração contribui para escrever a continuação da história.
Iniciativa | Ano de lançamento | Objetivo | Público-alvo |
---|---|---|---|
Residências cruzadas | 2022 | Troca de práticas artísticas entre sites patrimoniais | Artistas internacionais, estudantes |
Centro digital participativo | 2024 | Visita imersiva, fábrica colaborativa de obras virtuais | Famílias, escolares |
Festival Ópera-jardins | 2023 | Renovação do espetáculo ao vivo, artes visuais e musicais | Grande público, amantes da música |
O patrimônio vivo atinge aqui uma maturidade exemplar: cada pedra, cada fachada, cada obra coloca em movimento o passado e o futuro.
O futuro em questão: que fomento à arte para amanhã?
Fontevraud é mais do que um museu: é um laboratório onde se inventam políticas de acolhimento da diversidade artística, o equilíbrio entre história e inovação, o compartilhamento do saber no cenário internacional. Ao visitar o Dormitório dos Monges hoje, você se torna ator de uma história em plena escrita – motor de uma experiência onde cada sopro do passado nutre a revolução das formas.
- Participação em júris artísticos abertos a amadores e estudantes.
- Elaboração de cadernos de viagem colaborativos para co-criar a próxima exposição.
- Chamadas a projetos abertas a todos aqueles que desejam fazer do patrimônio um trampolim para a criação do século XXI.
É essa dinâmica de diálogo, audácia e emoção verdadeira que faz de Fontevraud, hoje mais do que nunca, o líder dos lugares de criações artísticas audaciosas na França e na Europa.