Impacto dos novos impostos: Jean-Virgile Crance e os especialistas em turismo alertam sobre a redução das férias para os franceses

EM RESUMO

  • Aumento de impostos no projeto de lei de finanças 2025 ameaça a acessibilidade das férias para os franceses.
  • Jean-Virgile Crance denuncia uma acumulação de medidas fiscais que sobrecarregam o setor do turismo.
  • Tributação que afeta especialmente o transporte aéreo, resultando em custos mais altos para os viajantes.
  • Os novos impostos podem incentivar os franceses a abandonar a França em favor de outros destinos europeus como Espanha.
  • Ausência de diálogo com as autoridades durante a adoção dessas medidas.
  • Impacto significativo no poder de compra e no emprego no setor do turismo.
  • Urgente revisar a fiscalidade para proteger a indústria e garantir o acesso às férias.

O panorama turístico francês está em plena turbulência. Com a aproximação do projeto de lei de finanças de 2025, o presidente da Confederação dos Atores do Turismo, Jean-Virgile Crance, expressa vivas preocupações em relação a uma série de novos impostos que podem impactar drasticamente a acessibilidade das férias para os franceses. Segundo ele e outros especialistas do setor, essas medidas fiscais correm o risco não só de pesar sobre o poder de compra das famílias, mas também de fragilizar um setor já abalado pela crise sanitária.

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Uma fiscalidade esmagadora para o setor do turismo #

Jean-Virgile Crance denuncia o que ele qualifica como uma verdadeira “avalanche de impostos” que se acumula sobre o setor turístico. Entre as medidas consideradas, está o aumento da taxa de turismo, além de novas imposições sobre aspectos variados como o consumo de água turística e a segurança civil. Essas decisões, se forem adotadas, imporão uma pressão adicional sobre os atores do turismo, que já estão em dificuldade desde o choque da pandemia.

Crance apela a uma necessidade urgente de reformular a fiscalidade do turismo para evitar uma sobrecarga fiscal que, no final, pode se voltar contra o consumidor, resultando em um aumento geral dos preços das férias. “Vamos diminuir mecanicamente o acesso dos franceses às férias”, alerta ele, enfatizando que, nesse contexto difícil, os franceses não devem ser obrigados a renunciar ao que lhes é devido.

Rumo a um turismo menos competitivo em relação ao exterior #

Os novos impostos não afetam apenas os turistas, mas também os profissionais do turismo, que se veem confrontados com um dilema: aumentar os preços para compensar os custos acrescidos ou reduzir suas margens, que já são muito pequenas. Esta última escolha os tornará inevitavelmente menos competitivos em relação a destinos como a Espanha, que, segundo Crance, se aproveita habilmente das fraquezas do mercado francês. “A Espanha se torna o grande vencedor europeu da economia do turismo ao subir de categoria”, ressalta.

As economias fora da França continuam atraindo turistas com ofertas de qualidade e preços vantajosos, levantando um verdadeiro risco de desinteresse pelo território francês. Essa mudança pode ter repercussões desastrosas na economia local, com uma perda significativa de turistas que escolheriam visitar outros países, em detrimento do emprego e da vitalidade econômica na França.

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Um apelo ao diálogo com as autoridades #

Apesar da urgência da situação, Jean-Virgile Crance expressa também sua frustração em relação à falta de diálogo entre os representantes do setor turístico e as autoridades públicas. “Tudo é votado sem concertação”, declara ele, reclamando de uma discussão franca e aberta sobre as leis que podem transformar profundamente o quadro fiscal do turismo.

Ele destaca a necessidade de uma reforma fiscal coerente e abrangente, capaz de levar em conta não só as especificidades do setor, mas também o impacto sobre o consumidor. Pois, enquanto o governo se concentra na implementação de novos impostos, a realidade no terreno nos exorta a reconsiderar nossa abordagem, especialmente com a aproximação de eventos importantes como os Jogos Olímpicos de Paris.

Um setor em busca de soluções #

Os atores do turismo, longe de ficarem inativos, propõem soluções para aliviar a pressão fiscal. Eles apelam pela anulação das sobretaxas recentes sobre a estadia em diversas regiões e pleiteiam uma reavaliação das imposições sobre o transporte aéreo. Os especialistas do setor destacam a urgência de iniciar discussões construtivas com o governo para garantir o futuro do setor.

Crescendo as preocupações manifestadas por Crance, que reafirma sua vontade de defender os interesses do turismo francês, garantindo que o direito às férias para todos os franceses seja preservado. O setor, essencial para a economia do país, não deve ser sacrificado em função das novas imposições. A questão aqui vai além da simples questão econômica; toca em valores fundamentais relacionados ao acesso ao lazer e às férias para TODOS.

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