O Japão imporá uma cota de visitantes diários em alguns templos a partir de fevereiro de 2026

Em uma decisão visando preservar a tranquilidade e a integridade dos locais históricos, o Japão anunciou a introdução de um quota diária para os visitantes em alguns de seus templos mais frequentados, a partir de fevereiro de 2026.

A nova política de quotas

Face ao aumento vertiginoso do turismo e dos impactos associados, o governo japonês tomou medidas para limitar o número de visitantes em templos emblemáticos. Essa decisão visa proteger os sites do patrimônio mundial, frequentemente ameaçados pela erosão e danos relacionados ao fluxo maciço de turistas.

O Ministério da Cultura japonês explica: “Para garantir a conservação de nossos tesouros nacionais, é necessário controlar o fluxo de visitantes.”

Impacto no turismo local

Esta iniciativa pode mudar radicalmente a maneira como turistas e peregrinos planejam suas visitas. As quotas podem não apenas reduzir a superlotação sazonal, mas também melhorar a experiência geral ao preservar a serenidade dos locais.

Depoimento de um frequentador

Kenji Takahashi, um morador de Quioto e visitante regular do templo Kinkaku-ji, compartilha seus pensamentos:

“Estava se tornando difícil sentir a paz que esses templos são supostos a incorporar. Com esta nova regulação, espero recuperar a tranquilidade das primeiras visitas que fiz na minha juventude.”

Quais templos são afetados?

O governo ainda não publicou a lista completa dos templos que estarão sujeitos a essa regulação, mas é esperado que os sites mais populares como Kinkaku-ji em Quioto e o templo Senso-ji em Tóquio estejam entre os primeiros afetados.

  • Templo Kinkaku-ji, Quioto
  • Templo Senso-ji, Tóquio
  • Outros templos a definir

Consequências econômicas previsíveis

Os especialistas preveem que essa limitação pode ter repercussões na economia local, especialmente em termos de receitas turísticas. No entanto, muitos atores do setor apoiam essa medida, antecipando que a melhoria da qualidade da experiência turística pode, na verdade, atrair um público mais respeitoso e potencialmente mais gastador.

Reações dos profissionais do turismo

Yumi Nakamura, diretora de uma agência de viagens local, expressa um otimismo cauteloso:

“Já estamos ajustando nossas ofertas para proporcionar experiências mais personalizadas e íntimas, antecipando que essas mudanças atrairão visitantes em busca de qualidade ao invés de quantidade.”

Perspectivas futuras

Enquanto o debate sobre as quotas continua a ferver, outros locais ao redor do mundo observam atentamente o modelo japonês para eventualmente adotá-lo. Se essa abordagem se mostrar eficaz, pode marcar um ponto de virada na gestão de locais patrimônio mundialmente reconhecidos, confrontados com desafios semelhantes.

Simulações econômicas estão em andamento para avaliar o impacto dessas quotas a longo prazo, considerando variáveis como mudanças nos hábitos de gasto dos turistas e os custos associados à implementação dessas medidas. Os resultados desses estudos podem fornecer indícios cruciais para decisões futuras sobre a gestão do turismo e a conservação do patrimônio cultural.

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