Bem-vindo a uma odisséia inesquecível pelo Vietnã! Imagine vinte e um dias marcados pelas trapaças mais engraçadas, falsos lua de mel, ruas lotadas de scooters, mercados flutuantes improváveis e – como grande final – uma confrontação hilária com a máfia local… os macacos! Prepare-se para descobrir o que torna este país explosivo em surpresas, irresistível na sua gastronomia e inesquecível graças aos seus habitantes. De Hanói a Phu Quoc, do romantismo às dificuldades logísticas, e do luxo acessível a noites em claro nos ônibus, este relato revelará por que atravessar o Vietnã é abrir todos os sentidos e o coração – enquanto mantém um olho na mochila e na carteira!
De uma trapaça na lua de mel…
A viagem começa em Hanói, na agitação revitalizante do Bairro Antigo, com um desejo certo de exotismo e aventura… e uma organização, digamos, leve. Mal aterrissado, nada de perder tempo, o frio é pungente, as roupas de verão são um erro fatal de principiante: algumas compras no local são indispensáveis antes de correr para a tão aguardada etapa, o famoso cruzeiro de luxo na Baía de Ha Long.
É lá que começa “a trapaça”. Por loucura suave, a suíte nupcial – suntuosa, é verdade, mas usurpada, pois nenhum casamento à vista – é reservada. Lisonjas ao pessoal, expectativas por espumante ou vantagens “especiais para recém-casados”… Na realidade, apenas um vinho duvidoso celebra o evento. A verdadeira surpresa chega no jantar: toda a equipe aparece, bolos e canção melosa incluídos, para parabenizar os “velhos casados”. Gargalhadas nervosas garantidas sob os olhares dos outros passageiros! Para refletir: no Vietnã, o luxo é acessível no papel, mas fingir estar em lua de mel pode custar mais em dignidade do que em dongs.
Além da anedota, essa primeira parada levanta a questão da escolha entre conforto e autenticidade, entre férias organizadas e imersão local.
Delícias sensoriais do Norte: Sapa, homestay e tradições excêntricas
Depois do brilho, direção a Sapa, um verdadeiro retorno à Terra… ou melhor, à altitude. Aqui, esqueça banheiras e buffets à vontade; a atmosfera é de cabanas de metal, acordar com cães, búfalos e galinhas, água fria e banheiros no fundo do jardim. No entanto, é no desconforto que a magia nasce: as homestays oferecem acesso privilegiado à alma do Vietnã.
À medida que caminhamos por um trilha nos campos de arroz, guiados pela incrível Chi, descobrimos os ritos locais: aqui, a conquista amorosa se assemelhava a um sequestro (três tentativas antes de encontrar “o certo”!), e as mulheres de algumas tribos raspam a testa em memória de um drama doméstico ligado a um cabelo perdido na sopa. A hospitalidade rompe a neblina, e o rice wine, chamado “Água Feliz”, aquece os corações mais seguramente do que um aquecedor.
A migração rural e o turismo transformam as aldeias, principalmente graças às mulheres que agora puxam as cordas econômicas, enquanto os homens cuidam dos animais ou das crianças. É a oportunidade para o viajante abandonar toda pretensão e aceitar a lição de humildade… mesmo após ter fracassado lamentavelmente em uma tentativa de dominar um scooter manual em uma ladeira vertiginosa.
Vibrar ao ritmo da “nação dos scooters”
O Vietnã é, antes de mais nada, uma orquestra ensurdecedora de buzinas. Os scooters reinam soberanos, capazes de transportar qualquer coisa: uma família de cinco, cestas de frutas, ou até mesmo uma árvore. Atravessar a rua parece um esporte radical, em um meio-termo entre a loteria e a dança contemporânea. Aqui, o metro quadrado de pedestres é conquistado à força de determinação… mas é preciso principalmente “manter o curso”, mesmo em meio à maré de duas rodas.
Para se integrar a essa cacofonia organizada, nada melhor do que subir na traseira de um “Grab” (o equivalente local do Uber). Primeiro, a apreensão enquanto se segura firme, depois, admiração pela calma zen dos pilotos de fortuna, verdadeiros magos do asfalto. Dica bônus: aproveite o passeio para observar os vietnamitas telefonando, fumando, ou tocando no YouTube enquanto se desviam… Essa é a lição de desapego e mobilidade!
Quer viajar de outra forma? Dê uma olhada nesta aventura ao redor do mundo de carro… menos arriscado que o scooter vietnamita!
Ônibus-camas, noites em claro e VIP a baixo preço
O Vietnã é longo! Do Norte ao Sul, cada parada se torna uma aventura logística, especialmente quando o itinerário cabe em um bilhete de ônibus “cama”: promessa de sono rapidamente esquecida, vibrações e curvas infinitas, roncos coletivos e pés perdidos na cara. Mas na Ásia, até as dificuldades se tornam histórias que fazem sorrir depois.
Pequeno milagre no aeroporto: ao tentar economizar, um erro de clique resulta na compra de um bilhete “Sky Boss” – o creme do creme. Desembarque em jato particular na pista, acesso ao lounge VIP, ovos cozidos e vinho tinto à vontade… Como diz o ditado, a Ásia também reserva luxos inesperados a preços baixos.
Hoi An, lanternas e romantismo obrigatório
Pausa encantadora em Hoi An, uma verdadeira joia classificada pela UNESCO. Perto daqui, My Son e seus templos, um tesouro a ser descoberto absolutamente. Em Hoi An, passeamos entre lanternas, arquiteturas coloniais desgastadas, e pequenos pontes pacíficas, sem esquecer a loucura de um bar dedicado ao Sr. Bean. A atmosfera é tão suave que até os menos românticos sucumbem ao apelo de uma noite passeando calmamente, um sorvete de manga na mão.
Ilha Cham, a máfia dos macacos ataca forte
Rumo à Ilha Cham para finalmente experimentar a tranquilidade à beira-mar… ou melhor, em aparência! Depois de algumas horas admirando os peixes, é a vez dos macacos darem o seu show: um exército de peludos invade o restaurante, despojando os desavisados e fazendo arruaça com tudo que está ao seu redor. A “máfia dos macacos” não é brincadeira; todo mundo ri amargamente, com os locais à frente, que travam uma guerra perdida contra esses ninjas de cauda.
Atenção futuros exploradores, preparem-se com produtos para reduzir o estresse ao viajar… às vezes, são suas bananas que pagam o preço.
Mercados flutuantes e decepções no Mekong
Fim do percurso em Can Tho, a maior cidade do Mekong. Noite em um “barco-amor” de charme antiquado (e com uma oscilação alarmante), subida muito cedo para descobrir os mercados flutuantes. Ao chegar, surpresa: o pitoresco se desfez! O mercado “autêntico” parece um espetáculo para turistas, onde os locais agora compram no supermercado e a cena não passa de um cenário.
Afinal, tiramos uma lição: saber misturar experiências folclóricas com momentos verdadeiros. Para mercados vibrantes de autenticidade, a guia recomenda a Tailândia! Se a aventura ainda lhe interessa, vários circuitos permitem viagens asseguradas sem problemas.
Phu Quoc, paraíso… e ironia gastronômica
Última parada, Phu Quoc: a ilha cartão postal por excelência, praias paradisíacas, bangalôs na areia branca… e viral para mim, um episódio memorável de intoxicação alimentar. A ironia é que depois de sobreviver a todos os stands de comida de rua e a fogões duvidosos, foi em um palácio que tudo aconteceu!
Não obstante: até as desventuras intestinais parecem suportáveis quando o cenário é idílico. Moral da história? Assim como nas estradas do Vietnã: mantenha o curso e continue avançando!
Para melhor preparar sua própria aventura e evitar esse tipo de contratempo, informe-se sobre bons seguros antes de partir.
O Vietnã, à venda… mas a qualquer preço!
Em última análise, o Vietnã é um daqueles países onde é melhor vender o carro do que perder a aventura. O custo de vida desafia toda concorrência: cerveja a 10 centavos, banquete pelo preço de um sanduíche em Paris, luxo ao alcance de todos, ou viagem roots sem perder uma gota de charme. Entre a ternura de seus habitantes, o choque de suas paisagens, o aroma de suas sopas e de seus mercados, cada dia é um fogo de artifício sensorial, uma explosão de risadas, e às vezes, um desafio superado.
Deseja outros diários de viagem originais? Descubra as aventuras ao redor do mundo de carro ou deixe-se inspirar pelos mistérios da baía de Ha Long. O Vietnã, por sua vez, está esperando por você: nem completamente dócil, nem perfeitamente organizado, mas terrivelmente cativante!